15 de março de 2010

"E coisas como:
amor existe mesmo? Ou só existe o permanecer de braços abertos, como no sonho
de Luisa (esse sonho podia perfeitamente ser meu), pronto(a) a receber alguém que
nem sequer chega a tomar forma? E quando alguém, no plano real, toma forma, a
gente imediatamente projeta toda aquela emoção presa na garganta do sonho. E
fatalmente se fode, porque está tentando adequar/ajustar um arquétipo, uma
imagem de toda a nossa infinita carência, nossa assustadora sede, a uma
realidadezinha infinitamente inferior. "

(Cartas - CFA)

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